sexta-feira, 23 de maio de 2008

Patrícia

Vocês repararam no nome dessa garotinha?
A Emília consertou a bagunça que fez no tempo, mas algo me diz que as coisas não param por aí.
Esta menininha aos 12 anos assistiu a Semana de Arte Moderna, era inteligente, ousada, vanguardista mesmo. Pois então, ouvi dizer que ela andava por aí combinando com a Emília de não consertar o tempo "totalmente". Ela quer voltar. Relembrar e contar de um tempo em que ela tinha um apelido com o qual ficou muito conhecida.
Não, não é um apelido de família ou de sua infância; é um apelido de adulta, não sei ao certo, mas parece que é PAGU...
Mas isso, bem, isso é outra história!!!

APESAR DE VOCÊS...


O quarteto está fantástico!
Mas a foto está aqui por um motivo especial.
Agradecer ao professor Rogério por sua participação neste segundo dia. As apresentações estavam programadas para acontecer num único dia, mas como tudo que é bom tem "bis", no dia seguinte aconteceu o "replay". As apresentadoras não poderiam comparecer e o professor se ofereceu prontamente para participar do trabalho. Obrigada mesmo, Rogério. É muito bom contar com você e seu jeito leve de encarar todas as coisas sem perder a linha do compromisso.
VALEU!!!
E aguarde!!!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Emília encontra a chave do tempo... as coisas finalmente irão se resolver

Nem todos ficaram felizes com a correção do tempo. Bidu Sayão volta para 1922 e Lucas fica em 2008. Emília percebe a perturbação dos dois, os olhares... ela os separa dizendo que o amor deve ser livre. Não pode aprisionar.
"A melhor coisa do mundo é a liberdade! Malditas são as coleiras e como há coleiras espalhadas por este mundo".
Lucas toma uma decisão. Vai retornar para 1922 junto com Bidu Sayão.
Que loucura!!!!
Sendo assim, o hip hop vai ganhar força mais cedo!!!
Cuidado jovem, Lucas, para não alterar muito o futuro!!!

Bidu Sayão se encanta com um jovem do século XXI


Ele é Lucas de Oliveira - o L5 - compositor talentoso de rap.
A professora fala tanto nesse garoto e na sua música que despertou a curiosidade da cantora lírica. Extremamente opostos em sua arte, Lucas encanta pela sua música, beleza, simpatia, talento e carisma. Suas músicas sempre inéditas contagiam a platéia e ele consegue fazer com que todos fiquem conectados à sua energia.

1922 ou 2008?

Suzy me perdoe, tá? Mas o Pedro roubou a cena...

A Suzy já sabe o quanto eu admiro seu talento. Pequenina no tamanho com uma voz de gigante - definição atribuída à pequena notável.
Sem dúvida alguma ela me emocionou imensamente ao cantar a Bachiana nº5, de Villa Lobos. Como sei que sua voz sempre me faz chorar, já estava preparada e deu pra segurar as lágrimas, no entanto, por essa, viu Sr Pedro, por essa eu não esperava...
Há muito não via nada igual e preciso fazer um parênteses para falar disso.
Tivemos poucos ensaios, mas quem estava atento na preparação do violino de Chauene e na voz de Suzy era o aluno Pedro. Dedicado e rígido - seu nome não é PEDRO por acaso - acompanhou cada detalhe regendo a cantora e o violino.
Três dias antes da apresentação ouvi Suzy dizer a seu maestro "Não posso cantar sem sua mão" e ele, com seu jeito tranqüilo e ao mesmo tempo severo, disse que sim, que ela já estava pronta, disse ainda "Meu instrumento é a flauta, não dá pra tocar e reger você".
No dia da apresentação, Pedro convidou seu irmão, também aluno da escola, a tocar violino com eles, se nem um ensaio sequer. Ousado este garoto. Gosto disso!
Na hora da apresentação, Pedro tocava sua flauta sem tirar os olhos de Suzy e do violinos, atento até mesmo à respiração da amiga. Neste momento senti que só ele ali sabia o quanto era preciso que esquecesse de si mesmo. Se ele fosse o flautista tudo poderia falhar. Pedro parecia em dúvida... abaixava sua flauta, regia seu grupo e voltava a tocar. Ele sentia que com sua regência eles cresciam e tocava. E quando tocava, o grupo parecia pedir "Volte, precisamos de sua mão". O flautista precisava sair de cena e o maestro se estabelecer definitivamente. E num movimento rápido, com as dúvidas completamente dissipadas, Pedro utilizou sua flauta para guiar seu grupo para o nosso encantamento.
Não sei quem mais viu o que vi.
Não sei quem mais sentiu o que eu senti.
Mas este jovem, abriu mão de sim mesmo para que os outros brilhassem
e com isso a sua luz tomou conta de cada espaço do auditório.
Neste momento Pedro era só iluminação...

Obrigada, Pedro, por este instante tão sublime!

Pedro, você lembra do filme que vimos?
O cara lá do violão - Toni Melendez!!!
então
rs
em suas mãos há um milagre...


Bidu Sayão e a Cantilena da Bachiana nº5












Este quarteto emocionou a todos.
O som de sua música calou o auditório.

Nos violinos: Chauene e Gabriel
Na flauta(?): Pedro
Voz: Suzy representa Bidu Sayão

A bachiana nº5 de Villa Lobos toma conta das nossas emoções...

Patty quer ver agora Villa Lobos


Villa Lobos explica a casaca e chinelos de 1922 e agora, talvez devido ao aquecimento global, bastasse o paletó. É preciso se adequar ao novo clima!!!
Villa Lobos agradece os elogios a seu talento, mas diz que vai trazer alguém muito especial, alguém que o eternizou, a maior cantora lírica de todos os tempos - Bidu Sayão.

Dia 15 de fevereiro de 1922




O balé de Yvone Daumerie, acompanhado pelo piano de Guiomar Novais, foi um dos poucos momentos de silêncio e tranqüilidade durante a agitada Semana de 22.
E geeeeeeeente!!!!
vocês não têm idéia do que foi ver isso ao vivo!!!
EU VI ESTA MENINA SAMBANDO NA PONTA DO PÉ
e com que leveza!!!
O auditório inteiro fez silêncio e de repente, a música pára. Pensando ter terminado todos aplaudiram, mas a música recomeça em ritmo de samba. Ela samba na ponta e os alunos deliram sem saber se aplaudem mais ou se ficam mudos diante de tanta graça!!!!
Com passinhos encantados ela se aproxima do Visconde e "rouba" sua cartola para o momento do samba - delírio, delírio, delírio!!!!

Momento mágico...

Não temos um palco formidável, nem mesmo um mais ou menos, não temos nada do requinte e da suntuosidade encontrados pelos artistas de 1922. Mas, sim, aqui no humilde palco do Agenor Roris temos "TALENTO".
Na nossa reprodução da Semana de Arte Moderna tivemos momentos emocionantes, inenarráveis, inesquecíveis com a força da Renata,


a graça da bailarina Pâmella



e a voz da cantora lírica Suzy e sensibilidade do flautista Pedro.
Que loucura a minha achar que um trabalho como esse poderia ser avaliado com uma "nota".
Não há nada para ser avaliado... Alguns momentos são imensuráveis.
São momentos eternizados através da poesia, da música, da dança e de alunos FABULOSOS.